sexta-feira, 20 de abril de 2012

a calma que habita a bolha



Calma, todo esta en calma
O céu azul convidativo
Entre nuvens de carneirinhos e algodão doce.
Mas até as tempestades de relâmpagos e trovoadas
Agora me parecem belos.
Esgueirando-me entre existências
encontrei um recanto de paz.
Uma bolha que me envolve,
enche-me o peito de ar
múltiplas cores e sabores
que desnudam intenções.
Passa o tempo lá fora
mas dentro da bolha
a existência é diferente do relógio.
Em conchinhas vejo a perfeição do encaixe das metades.
Resistentes a explosões de águas nas pedras
São os que as vestem.
A bolha, toma impulso,
flutua no vento ascendente e vai alto,
e vai longe.


Guaraci Cabrera

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terça-feira, 7 de junho de 2011

Posso sentir



Posso sentir o frio correr minha espinha,
meu pensamento se vê quase vazio de ti.
Posso sentir o tato, suave, quase uma memória.
Memórias frias, memórias.

Fotografada pelos meus ollhos, cada detalhe.
Decorada pelos meus dedos, cada curva.
Posso ainda sentir o gosto doce da boca
E o cheiro ainda como marcelas colhidas com orvalho da manha...

Posso sentir o vazio, posso sentir o espaço...
Deixado aqui numa espera sem certezas
Agarrada em fiapos de algo que um dia
Foi um belo tecido
Que nesta ou outra vida, há de continuar...
Mas a idéia de esperar a eternidade
Faz-me perder o juízo...
Faz-me dizer coisas estúpidas...


É o medo de vagar e vagar
Com esse pedaço que falta...
Posso sentir a falta de ar...
é meu peito,
que já não enche por completo...
é meu peito,
seco pela falta de uso.

Posso sentir ainda os olhares, os enlaces...
Os amores, feitos muitos numa só.
Posso sentir o horizonte engolindo tudo que construí...
Posso sentir o frio me dominando,
Pouco a pouco, congelando as extremidades do meu corpo
E eu, nu e sem ter pra onde correr
Vou me entregando a essa tristeza
Que eu já nem entendo...

Posso apenas sentir...

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sábado, 26 de março de 2011

Oração materna



Banhado em orvalho
Regado à luz do Sol da manhã
Terra mãe me da vida
Me tem em seu braços

Decicada, amiga, protetora
Divino ser que mantém meus pés firmes
Seja quão difícil meu caminho

Mãe árvore, criadora de sementes
Planta idéias, faz florescer o pensamento
Bela,sutil, verdadeira
Me ensina a criar meus frutos.

Braços abertos, fraternal, sempre ao meu lado
Aprendo a ter paciencia
Ao esperar o germinar de minhas idéias.

Mãe vento, pura, limpa, sincera
Rege meu elemento ao céu
Sussurra seus conselhos com a brisa

Me ensina a acalmar minhas tormentas
Me ensina a voar,
Mesmo nos mais leves sopros.

Mãe fogo, que inquieta minha tristeza,
Poderosa, inflamável e valente
Incende minha fúria criativa.

Inspira minha vitória a cada dia
Destrói as incertezas d meu caminho
Eleva meu espírito ao Sol,
Meu pai.

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O velho, o pobre e o biruta.


O velho, o pobre e o biruta.
Espasmos da boa conduta
Seguiam ali assistindo
Nem sérios tampouco rindo.
Um pão e um cuspe no prato
E dois a olhar um retrato.
Na imagem um pobre sujeito
Dato um relato malfeito
Trato distrato... disfeito.
Tão logo que passa o efeito.
Desperta numa caixa dágua
E a bomba estava ligada.
A água que seguia entrando
E o pobre sujeito afogando.
Tão logo o tempo passando
E sempre mais gente chegando.
Então ele bate no peito
Relato de causa e efeito.
Pedra, punho e cadeirada.
Depois uma boa risada
E foi passado o presente.
Clemente estava contente.
O velho, o pobre e o biruta
E mais os dois assintindo
Espasmos da boa contura
e eu que seguia rindo.

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Palavras Tortas


Vejo um caminho
em branco fosco
e simplesmente vou...
meio por lá, meio por cá
Passo a passo o caminhar

Quem sabe seja minha história
o caminhar...
quiças seja o despedir
minha canção.

Em meu peito corre a brisa
do novo dia.
O orvalho no meu cabelo
refresca meu pensamento
que vai longe

Quem sabe o melhor seja ficar
e caminhar em círculos...
tornar-lo uma espiral
e forçar a saída
pela tangente por aí.

Quem sabe
sejam os ventos do inverno
que estou precisando...
Ou quem sabe visitar o lugar
onde meus pensamentos
sempre escapam.

Me escondo sempre
nas palavras
que me surgem divertidas
de forma a espressar
minhas verdades.
Discaso ao meu pudor.

Falo por mim
Escrevo para ti
tolices de alguém
que espera,
talvez iludido
Brindar-te com estes versos
ao pé do ouvido.


Guará Cabrera, Santiago, Chile, 01/11

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sou



Eu sou energia 
Eu sou alegria
Sou tristeza 
Sou pensamento
Sou sentimento
Sou natureza


Sou tudo aquilo que penso
Sou o que odeio
E tudo aquilo que amo
Sou o brilho e o escuro
Sou o cego o surdo e o mundo.


Sou poeira, sou brisa e vento
Eu sou o que chega em ti:
Pensamento.


Sou tudo que é e que já foi.
Sou o depois e o que será.
 O que não virá
 e tudo que esta por chegar.


Eu sou Eu
Sou você
Nós somos um, 
Somos dois,
Somos nós.


Somos paz
Somos guerra
Somos materia
Somos pensamento
e a idéia em crescimento.

Guara Cabrera

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domingo, 31 de outubro de 2010

Castelo de areia




Estranha sensação de vazio...
Um porque desconhecido
Mas a certeza que está
No meu pensamento.

Em memórias como cristais
Lapidados com a destreza de um maestro
Minha oferenda para ti.
E sentado observo.

Meus pensamentos feito fumaça
E a idéia de te guardar em mim
Como uma memória das mais lindas
Eternamente você.

Sinto a força do querer
Apertando meu peito
Pela falta de espaço
Rebalçando sentimentos...

E as lágrimas que caem
Desfazem minha muralha de sal
Como o mar destrói o castelo de areia
Que a criança ingênua construiu muito perto d’água.


Guará Cabrera

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Guara Cabrera

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Tatá Freitas

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